sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mergulhando em Angola

Dizer que este é um país de contrastes já é um lugar comum. Arrisco-me até a ser nadinha original, no entanto não é a originalidade que procuro. Os contrastes de que falo, não são no entanto os sociais ou estruturais muito propalados em toda a comunicação social, nacional e internacional sendo aliás do domínio público mundial. Refiro-me concretamente aos contrastes físicos das maravilhosas fauna e flora que se podem encontrar aqui em Angola.


Começo a estender-me um pouco mais sobre o território. Aproveitando a companhia e a experiência local de um casal amigo, Francisco e a Isaura, contando naturalmente com o companheiro Juca (nomes fictícios) partimos para um dia diferente, sem praia e com mais 800 kms de estrada, nem sempre alcatroada e muitas vezes quase intransitável.


Confesso que parti sem ter conhecimento do trajecto, demonstrando total confiança nos "guias". Desde logo beneficiei la liberdade de não conduzir podendo assim assimilar todos e quaisquer pormenores sempre deliciosos, sempre surpreendentes.


Saídos do Cacuaco em direcção a Luanda, depois para sul no sentido da ponte do rio Kwanza. Primeira paragem no Miradouro da Lua, poucos kms após sair de Luanda ponto de paragem obrigatório para nos deliciarmos com uma paisagem de escarpas fantástica com uma altura estonteante. Incrível o que o poder da natureza é capaz, neste caso uma demonstração do que a erosão pode fazer, parece desenhado e pintando em vários tons de terra. Seguindo o caminho, deixamos para trás Sangano, Cabo Ledo em direcção a Porto Amboin, uma cidade piscatória e de salinas, muito bonita com areal claro e mar bem azul, digno de uma qualquer praia nas caraíbas. O cheiro a peixe seco é forte, muito comum no país dada a dificuldade de outras formas de conservação.


Deixamos Porto Amboin em direcção ao Sumbe, uma outra cidade igualmente costeira mas de maior dimensão, bastante populosa e um ponto de passagem obrigatório para quem atravessa o país.
Até aqui a paisagem é dominada pela orla costeira, em termos de vegetação aqui e alí uns imbondeiros (alguns enormes, seculares), a linda árvore que caracteriza pitorescamente esta parte do país.









Só por si o percurso efectuado até aqui já é de beleza inquestionável, mas mal sonhava com o que aí vinha!!!!
A direcção do percurso altera-se no sentido Este, destino Gabela. A estrada deixa de ser o tapete que até aqui vínhamos galgando, está em obras de melhoramento e alterna pedaços de alcatrão com kms e kms de picada, mas não das piores.
Justifica-se nova paragem, junto á cachoeira da Binga. Em África encontram-se das quedas de água mais exuberantes do planeta, Angola tem a bênção de nos poder brindar com momentos assim, de rara beleza. A cachoeira da Binga não é muito grande mas a força de suas águas impõe respeito e respira beleza, é uma das várias quedas de água protagonizadas pelo rio Keve.




Continuamos o percurso em direcção á Gabela, sentido Este e claramente subindo em altura relativamente ao mar, nota-se no ar, na temperatura e principalmente na vegetação, a fantástica flora vai-se alterando radicalmente, agora mais de acordo com a cerrada selva africana, muito verde e uma variedade sem fim de árvores e arbustos altos.













Entrámos na Gabela, nunca imaginei possível o que encontrei nesta encantadora cidade. Simplesmente indescritível, nem a objectiva do grande jornalista Luís Castro (autor da foto ao lado) consegue captar o misto de sensações que acabava de provar.
Ficamos com a sensação de ter entrado numa máquina do tempo e aterrado algures nos anos 60, é isso que a cidade da Gabela parece, parece saída dos anos 60 e de facto assim é. Em Luanda e ao que sei em muitas outras cidades do país é comum vermos construções dos tempos coloniais, muitas delas em mau estado de conservação, destruídas pela guerra. Na Gabela há uma verdadeira cidade do tempo colonial, construída pelos colonos portugueses, mas pela qual a guerra não parece ter passado, embora as construções pareçam um pouco desprezadas, na sua maioria com falta de pintura, mantêm-se intactas, com as cores da época, até os espaços comerciais com as designações escritas manualmente....um prato cheio, deslumbrei-me, vou voltar decerto para fotografar.
Da Gabela para regressar ao Cacuaco sabíamos da existência de uma estrada em direcção ao Dondo, depois ao Kifangondo mas ninguém a tinha cruzado, fizemos votos no sentido de democraticamente decidirmos se voltávamos pela cidade ou partíamos á aventura, não será difícil adivinhar que a opção foi improvisar. Começámos por dar boleia a um senhor á borda da estrada, na esperança que nos ajudasse no caminho, logo a seguir apareceu outro e outro. é comum vermos pick ups com mais de uma dezena de pessoas na "caixa". Levámos 3 tripulantes, e deixámos os ditos pelo caminho onde desejaram, o último saiu na Quibala. O percurso da Gabela até lá é terrível, a picada é "dolorosa", mas o que a rodeia de uma beleza fantástica, cores e cores, sempre diferentes, caracterizam um paisagem incaracterística onde trocámos os imbondeiros pelas mangueiras e acácias. Não posso deixar de fazer referência ás abundantes rochas de formato arredondado que nos "acompanham" todo o caminho. Dão um toque de originalidade e encanto ao percurso.
Seguimos Quibala, Dondo, Catete, Kifangondo e finalmente Cacuaco onde já chegámos bem de noite por volta das 21h.
Foi uma viagem cansativa mas encantadora do ponto de vista da beleza paisagística e das sensações que provoca a quem a contempla.
Será o início de uma paixão?
Confesso-me muito entusiasmado e sedento de mais...
P.S.: Faço referência ao facto das fotos não serem de minha autoria, são tiradas aleatoriamente na net para ilustrar melhor o que pretendo mostrar, mas espero em breve poder mostrar as minhas verdadeiras fotos.
P.S. 2: De futebol...não estou com vontade de falar!!!! Sabem onde fica Atenas?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Professor Pardal (não resisti)







Há religiões que começam com muito menos. Esta começou com um projecto. Carlos Queiroz trouxe A Luz da modernidade ao futebol português em forma de dossier pois ainda não havia power point quando o milagre aconteceu.Sem passado como praticante, chegou ao futebol dito profissional pela mão de Mário Wilson e depois foi chamado para algum protagonismo por José Augusto. Teve, por isso, dois grandes padrinhos. Outros se terão seguido.O segundo milagre aconteceu em Riade, na Arábia Saudita, onde fica Meca.
O profeta anunciava uma revolução no futebol português com a conquista do Mundial de sub-20. Dois anos depois, em Lisboa, repetiu o feito. Não se sabe muito bem como, não trocaram a estátua do marquês de Pombal pela sua figura. Convenhamos: seria uma espécie de heresia pois um foi mestre da construção, o homem é catedrático da desconstrução.Carlos Queiroz tem um jeito sedutor. É uma técnica muito próxima da usada pelos vendedores do "Círculo de Leitores", com uma pitada de filosofia tupperware.
Também é verdade que muitas vezes é pouca a diferença entre um livro e uma torradeira, com o pormenor lamentável de o primeiro não aquecer o pão.
Carlos Queiroz também tem muitos amigos. Indefectíveis. Hiperbólicos nas horas boas, mudos nas más.Quando se fizer a história do futebol português, lá mais para diante, quando a Sibéria promover férias na praia e Bora-Bora férias na neve, íremos falar todos da "Fase Queirosiana". Tal como na literatura portuguesa do final do século XIX, também o actual seleccionador se assume como a maior figura da sua área, uma espécie de Alípio Severo Abranhos, popularizado por Eça como Conde d'Abranhos.
Ok, eu sei. Este Queiroz correu o mundo. Esteve no Japão a treinar e escapou a um terramoto. Esteve na África do Sul a seleccionar e tornou-se bastante popular nas mercearias e mini-mercados de Joanesburgo.
Passou pelos Estados Unidos com um projecto e saiu de lá como um projéctil disparado em Cabo Canaveral. Dispenso apêndices curriculares e passo de imediato para a sua experiência à frente de um super Sporting, onde conseguiu ser mais instável e beligerante que Santana Lopes. Ah, claro, num intervalo do seu ciclo de Manchester passou pelas Portas do Sol, em Madrid, e saiu pela sombra, depois de bater um recorde negativo de 5 derrotas consecutivas dos merengues.
Ferguson acolheu-o com ternura e rapidamente a Manchester começaram a chegar os propagandistas do costume para vender a ideia de que em Manchester o treinador era ele. Ele, Queiroz. O outro apenas criava cavalos de corrida.Aqui chegados, vamos com Queiroz na selecção de desastre em desastre até à vitória final. Ou seja, até ao dia em que a selecção nacional voltará a ter um treinador de futebol.

Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mussulo

Mussulo! Finalmente após algumas promessas, tive a oportunidade de conhecer a vivo e a cores o Mussulo. Desenganem-se aqueles que julgam estar a referir-me á discoteca situada no coração da nossa linda Lisboa. Esse Mussulo já conheço há largos anos e já teve o condão de me proporcionar noites muitíssimo agradáveis ao som de música africana e não só. Famosas as noites de Domingo no Mussulo.

Mas neste caso refiro-me mesmo ao local que deu o nome ao espaço de diversão, falo da ilha do Mussulo, ex-libris da cidade de Luanda e point de passagem obrigatório para quem vem ou está na cidade.

Já muito havia escutado e lido sobre este local, naturalmente a expectativa é grande, face ás emocionadas descrições e elogios vindos de todos os quadrantes.

Os mais saudosistas reclamam que o Mussulo já não é o que era e de facto não será! Os já muitos casarões que se vêm por alí, o ruído das motas de água e potentes motores de lanchas e iates rompem com um passado não muito longínquo em que vir ao Mussulo era vir ao paraíso, á paz. Essa é a opinião do meu amigo e companheiro Juca, nascido em Angola e que conheceu o Mussulo há mais de 30 anos atrás, antes de em tenra idade se mudar para a "tuga".

Foi com alguma mágoa que olhou este "novo" Mussulo tantos anos depois.





















Para mim, que pela primeira vez visitei este pedaço de paraíso e não tenho recordações saudosistas, está aprovado, é belo sim este Mussulo. Poderá ser o point de Luanda, a seguir á ilha como local de visita obrigatório. Tem o charme de preferencialmente (não necessáriamente) ser visitado de barco, tem um rol de infraestruturas de turismo para o relax e o prazer de um ou mais dias de praia mas não será decerto a praia mais bela deste imenso país, talvez já tenha sido mas tenho de concordar que pelo menos ao fim de semana já é um local sobrepovoado, perde assim grande parte do seu encanto. A visitar durante a semana para uma avaliação mais coerente.

Este não é um veredicto final, foi apenas um cheirinho das primeiras impressões do Mussulo porque pretendo voltar e conhecer outros pontos.

Desta feita ficámos no Barsulo por sugestão de um amigo, boas camas de praia, guarda-sóis generosos de palha, sandes club, hamburguers e coca-cola a 500 kza (+/-5 euros) são opções para ir aconchegando o estômago. Quem quiser uma refeição mais requintada são diversas as opções ao longo da ilha.

A ida para a ilha não deixa de ser bastante suis generis, vamos de carro até ao ancoradouro e depois de "driblarmos" os meninos da "gasosa" procuramos o melhor negócio nos vários "candongueiros" (taxistas) dos barcos presentes. Começaram a pedir-nos 1500 kza (+/- 15 euros) por pessoa só ida, fizemos a festa por 500 kza, partilhámos o pequeno barco a motor com mais 5 pessoas e em cerca de 10/15min chegámos ao destino. No regresso pagámos o mesmo, com outro "candongueiro ".

Foram horas bem agradáveis as passadas no Mussulo, a água maravilhosamente quente, límpida, areia clara e fina, regressámos cedo, por volta das 15h procurando fugir ao maior fluxo de pessoas, nos barcos e posteriormente ao trânsito da cidade mas foi tudo muito calmo, da próxima podemos sair mais tarde e quem sabe apreciar o pôr do sol.

Havíamos "contratado" dois gaiatos para nos guardarem o carro e lá estavam os dois á chegada, levaram 200 kza cada um e ficaram muito desiludidos porque segundo diziam o "parqueamento" eram 1000 kza!!!!!! Já diz o ditado que não chora ...

E assim voou mais um Domingo de lazer.


P.S.: A nossa selecção foi ontem concludentemente goleada pela sua congénere brasileira. Não vi o jogo, felizmente era tarde aqui em Luanda face á diferença de 4h para Brasília !!!!! Cheira-me que ainda vamos ter muitas saudades do Sargentão Scolari.

Na minha opinião e com todo o respeito pelo prof. Carlos Queiroz, até achei que ele tinha perfil para o cargo e aliás continuo a achar que tem perfil, tem é pouco mais que isso... falta-lhe o mais importante para um vencedor, a chamada estrelinha ou será a Nossa Senhora de Caravaggio???


Abraços




terça-feira, 11 de novembro de 2008

Thor


Olá, o meu nome é Dark Thor Ana's Joe, mas toda a gente me chama só de Thor.

Sou um labrador retriver, com 11 anos acabadinhos de fazer, ontem foi o dia do meu aniversário. Sou do signo solar de Escorpião como o meu "babo".
Nasci em Porto Alegre no Brasil, numa ninhada de 10 irmãozinhos, era o mais calmo de todos, por isso a minha "mãe" me escolheu!
De há 7 anos a esta parte que estou a morar em Portugal, na linda vila de Cascais, o meu "babo" trouxe-me a mim e á minha "mãe" para vivermos com ele. Foi a melhor coisa que me aconteceu, somos muito felizes os três, viajamos nas férias, saímos ao fim de semana, levam-me á praia Inverno, para o campo no Verão.
Mas faz hoje 2 meses o "babo" fez as malas sozinho sem a "mãe" e sem a minha mala também!!!
Vi logo que alguma coisa estava mal! Deu-me um abraço bem apertado e disse que me adorava com uma lágrima no olho. Particularmente odeio despedidas.
O "babo" está noutro país bem distante, num outro continente pelo que me disse a "mãe", mas volta em breve. No entanto este breve está muito demorado e a saudade aperta, não estou a aguentar mais a tua falta "babo", volta bem rápido.
Estou aqui para te dizer que sinto falta do nosso passeio de manhã para comprar o jornal, das caminhadas até á "Boca do Inferno", de adormecer com a cabeça na tua perna, de te visitar no trabalho, das massagens que a "mãe" bem tenta mas ninguém faz como tu!
Volta logo "babo"
Lambidas doces,
Thor
Podem visitar o meu petsite em:http://arcadenoe.sapo.pt/petsite.php?id=5893

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fugir á polícia


Gosto de dizer que sou um cidadão do mundo, esta afirmação no seu sentido mais lato poderá levar qualquer interlocutor a detectar alguma presunção. Falso, totalmente falso!

Gosto do mundo e gosto da palavra cidadão, gosto de cidadania, de a interpretar e prezá-la com rigor.

Sou um cidadão ponderado, educado, respeitador dos direitos e deveres na sociedade de que faço parte, gosto de ser cortês, cavalheiro até!

Mas...neste mundo, quero dizer em Angola ser um cidadão com estas características é ser um cidadão...morto, ou pelo menos em maus lençóis!!!!

No trânsito por exemplo, costumo dar passagem, não buzino, não excedo velocidades (só as vezes quando tenho muita pressa) paro nas passadeiras, cumprimento os polícias....pois mas aqui é bom esquecer totalmente este tipo de conduta, principalmente no trânsito. Não foi há muito tempo que comecei a conduzir em Luanda mas há tempo suficiente para perceber que tenho de me "africanizar"! Uma das preciosas dicas que me deram logo de primeira foi:-"em Angola não há prioridades, a prioridade não é á direita nem á esquerda, tem prioridade quem tem os c..... maiores"-de facto aqui tudo pode acontecer e acreditem, já buzino a torto e a direito entro á "kamikaze" nos cruzamentos, não dou passagem a ninguém, passadeiras? O que é isso? E desde ontem passei a aprender como lidar com a polícia em Angola.

Sim porque aqui é mesmo preciso saber lidar com a polícia!

Domingo, eu o Juca havíamos marcado uma ida até ao Mussulo, finalmente! No entanto as contas saíram furadas, ás 8h, horário de saída chovia a cântaros, logo pouco animador para quem ansiava um belo dia de praia. Ainda não foi desta que conheci o Mussulo! Mudança de planos, vamos até ao shopping de Belas. Assim foi, tomámos o "matabicho" (pequeno almoço) e partimos. Pouco trânsito (que é raro), rapidamente chegámos a Luanda.

A maior parte da ruas de Luanda têm 2 faixas de rodagem que por vezes se tornam 4,5,6, as que forem necessárias. Como procuro ter bons hábitos de condução costumo viajar na faixa mais á direita, errado, vou explicar porquê. Á entrada na marginal já em Luanda ia eu á direita, quando fui mandado parar por dois "simpáticos" polícias, eu como bom cidadão e como não tenho nada a temer faço pisca e preparo-me para encostar.-"tás doido?"-diz o Juca-"os gajos não têm mota, segue,segue!"-assim fiz.

Moral da história e conclusão: em Luanda nunca se conduz é direita, sempre na faixa da esquerda por forma aos polícias na berma não nos mandarem parar. Se mandarem só se pára se tiverem moto! Isto porque mesmo que esteja tudo bem com a documentação ou com a própria condução, dificilmente nos escapamos a sair sem ser aliviados de alguns kwanzas para a inevitável gasosa e se nos negarmos a isso então é que complica. Confesso que me faz muita confusão este tipo de "relacionamento" com a autoridade e instintivamente tenho tendência para me insurgir contra situações similares no entanto já várias pessoas me avisaram para não tentar contrariar aquilo que já está mais que instituído.Ok! Como acabei de chegar vou fazendo como me dizem.
Mas a verdade é esta, ontem fugi á polícia, mandaram-me parar e não parei!
Desculpe lá sr guarda, ou será agente? Tenho de perguntar!
Quanto á ida ao shopping é como um ingresso na civilização, demos uma volta na feira do livro (livros muito caros na ordem do €40, €50), fomos ao supermercado e aproveitámos para uma ida ao cinema, escolhemos um filme português, pelo menos de um realizador português, mas qual não é a nossa surpresa quando vemos o Nicolau Breyner ou a Soraia Chaves a representar em inglês!!!Quase surreal, coisas do Leonel Vieira bem aos estilo de Quentin Tarantino, falo do filme "A Arte de roubar". Não é um grande filme mas passa-se um bom bocado.
No regresso a casa, não bastava o facto de estarmos com um furo lento, á passagem no bairro do Roque Santeiro (enorme e popular musseque), a Hilux foi atingida lateralmente por uma pedra, felizmente sem prejuízos de maior. Brincadeiras com pouca piada mas comuns por cá.
Talvez para a semana o Mussulo!
Um bem haja amigos



Yes we can,yes we did!


Fugindo um pouco á temática deste blog, ou talvez não, alargando um pouco esta mesma temática...

Eleições nos EUA, é um assunto discutido no mundo inteiro, olho a política nacional e internacional com acérrima crítica e reservo-me opinião em diversos temas. Nunca fui um pró -América mas também não sou anti-América.

Já havia escutado atentamente o discurso, uma vez e outra!

Há minutos atrás li esta traduçao no blog de um amigo...Nuno não é um plágio, é só porque quero assinar este discurso por baixo e deixar claro que penso ser o culminar de uma campanha eleitoral de sonho. É grande a expectativa boa sorte Barack!

Confesso que não sei se Mcain seria melhor que será Obama, mas de uma coisa tenho certeza, Obama não será pior que Bush.

Para quem for interessado fica o discurso de vitória de Barack Obama:


Boa noite, Chicago.Se ainda houver alguém que duvida que a América é o lugar onde todas as coisas são possíveis, que questiona se o sonho dos nossos fundadores ainda está vivo, que ainda duvida do poder da nossa democracia, teve esta noite a sua resposta.É a resposta dada pelas filas de voto que se estendiam em torno de escolas e igrejas em números que esta nação jamais vira, por pessoas que esperaram três e quatro horas, muitas pela primeira vez na sua vida, porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente, que as suas vozes poderiam fazer essa diferença.É a resposta dada por jovens e velhos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, pessoas com deficiências e pessoas saudáveis. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo, a de que nunca fomos apenas um conjunto de indivíduos ou um conjunto de Estados vermelhos e azuis.Somos e sempre seremos os Estados Unidos da América.É a resposta que levou aqueles, a quem foi dito durante tanto tempo e por tantos para serem cínicos, temerosos e hesitantes quanto àquilo que podemos alcançar, a porem as suas mãos no arco da História e a dobrá-lo uma vez mais em direcção à esperança num novo dia.Há muito que isto se anunciava mas esta noite, devido àquilo que fizemos neste dia, nesta eleição, neste momento definidor, a mudança chegou à América.Há pouco recebi um telefonema extraordinariamente amável do Senador McCain.O Senador McCain lutou longa e arduamente nesta campanha. E lutou ainda mais longa e arduamente pelo país que ama. Fez sacrifícios pela América que muitos de nós não conseguimos sequer imaginar. Estamos hoje melhor devido aos serviços prestados por este líder corajoso e altruísta.Felicito-o e felicito a governadora Palin por tudo aquilo que alcançaram. Espero vir a trabalhar com eles para renovar a promessa desta nação nos próximos meses.Quero agradecer ao meu parceiro neste percurso, um homem que fez campanha com o seu coração e falou pelos homens e mulheres que cresceram com ele nas ruas de Scranton e viajaram com ele no comboio para Delaware, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.E eu não estaria aqui hoje sem o inabalável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a pedra angular da nossa família, o amor da minha vida, a próxima Primeira Dama do país, Michelle Obama.Sasha e Malia, amo-vos mais do que poderão imaginar. E merecem o novo cachorro que virá connosco para a nova Casa Branca.E embora ela já não esteja entre nós, sei que a minha avó está a observar-me, juntamente com a família que fez de mim aquilo que sou. Tenho saudades deles esta noite. Reconheço que a minha dívida para com eles não tem limites.Para a minha irmã Maya, a minha irmã Alma, todos os meus outros irmãos e irmãs, desejo agradecer-vos todo o apoio que me deram. Estou-vos muito grato.E ao meu director de campanha, David Plouffe, o discreto herói desta campanha, que, na minha opinião, concebeu a melhor campanha política da história dos Estados Unidos da América.E ao meu director de estratégia, David Axelrod, que me tem acompanhado em todas as fases do meu percurso.Para a melhor equipa alguma vez reunida na história da política: tornaram isto possível e estou-vos eternamente gratos por aquilo que sacrificaram para o conseguir.Mas acima de tudo nunca esquecerei a quem pertence verdadeiramente esta vitória. Ela pertence-vos a vós. Pertence-vos a vós.Nunca fui o candidato mais provável para este cargo. Não começámos com muito dinheiro nem muitos apoios. A nossa campanha não foi delineada nos salões de Washington. Começou nos pátios de Des Moines, em salas de estar de Concord e nos alpendres de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que, das suas magras economias, retiraram 5 e 10 e 20 dólares para a causa.Foi sendo fortalecida pelos jovens que rejeitavam o mito da apatia da sua geração e deixaram as suas casas e famílias em troca de empregos que ofereciam pouco dinheiro e ainda menos sono.Foi sendo fortalecida por pessoas menos jovens, que enfrentaram um frio terrível e um calor sufocante para irem bater às portas de perfeitos estranhos, e pelos milhões de americanos que se ofereceram como voluntários, se organizaram e provaram que mais de dois séculos depois, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desaparecera da Terra.Esta vitória é vossa.E sei que não fizeram isto apenas para vencer uma eleição. E sei que não o fizeram por mim.Fizeram-no porque compreendem a enormidade da tarefa que nos espera. Porque enquanto estamos aqui a comemorar, sabemos que os desafios que o amanhã trará são os maiores da nossa vida – duas guerras, uma planeta ameaçado, a pior crise financeira desde há um século.Enquanto estamos aqui esta noite, sabemos que há americanos corajosos a acordarem nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscarem as suas vidas por nós.Há mães e pais que se mantêm acordados depois de os seus filhos adormecerem a interrogarem-se sobre como irão amortizar a hipoteca, pagar as contas do médico ou poupar o suficiente para pagar os estudos universitários dos filhos.Há novas energias para aproveitar, novos empregos para serem criados, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.O caminho à nossa frente vai ser longo. A subida vai ser íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou mesmo numa legislatura. Mas América, nunca estive tão esperançoso como nesta noite em como chegaremos lá.Prometo-vos. Nós, enquanto povo, chegaremos lá.Haverá reveses e falsas partidas. Há muitos que não concordarão com todas as decisões ou políticas que eu tomar como presidente. E sabemos que o governo não consegue solucionar todos os problemas.Mas serei sempre honesto para convosco sobre os desafios que enfrentarmos. Ouvir-vos-ei, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, pedir-vos-ei que adiram à tarefa de refazer esta nação da única forma como tem sido feita na América desde há 221 anos – pedaço a pedaço, tijolo a tijolo, e com mãos calejadas.Aquilo que começou há 21 meses no rigor do Inverno não pode acabar nesta noite de Outono.Somente a vitória não constitui a mudança que pretendemos. É apenas a nossa oportunidade de efectuar essa mudança. E isso não poderá acontecer se voltarmos à forma como as coisas estavam.Não poderá acontecer sem vós, sem um novo espírito de empenho, um novo espírito de sacrifício.Convoquemos então um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, em que cada um de nós resolve deitar as mãos à obra e trabalhar mais esforçadamente, cuidando não só de nós mas de todos.Recordemos que, se esta crise financeira nos ensinou alguma coisa, é que não podemos ter uma Wall Street florescente quando as Main Street sofrem.Neste país, erguemo-nos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de retomar o partidarismo, a mesquinhez e a imaturidade que há tanto tempo envenenam a nossa política.Recordemos que foi um homem deste Estado que, pela primeira vez, transportou o estandarte do Partido Republicano até à Casa Branca, um partido fundado em valores de independência, liberdade individual e unidade nacional.São valores que todos nós partilhamos. E embora o Partido Democrata tenha alcançado uma grande vitória esta noite, fazemo-lo com humildade e determinação para sarar as divergências que têm atrasado o nosso progresso.Como Lincoln disse a uma nação muito mais dividida do que a nossa, nós não somos inimigos mas amigos. Embora as relações possam estar tensas, não devem quebrar os nossos laços afectivos.E àqueles americanos cujo apoio ainda terei de merecer, posso não ter conquistado o vosso voto esta noite, mas ouço as vossas vozes. Preciso da vossa ajuda. E serei igualmente o vosso Presidente.E a todos os que nos observam esta noite para lá das nossas costas, em parlamentos e palácios, àqueles que estão reunidos em torno de rádios em cantos esquecidos do mundo, as nossas histórias são únicas mas o nosso destino é comum, e uma nova era de liderança americana está prestes a começar.Aos que querem destruir o mundo: derrotar-vos-emos. Aos que procuram a paz e a segurança: apoiar-vos-emos. E a todos aqueles que se interrogavam sobre se o farol da América ainda brilha com a mesma intensidade: esta noite provámos novamente que a verdadeira força da nossa nação não provém do poder das nossas armas ou da escala da nossa riqueza, mas da força duradoura dos nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e uma esperança inabalável.É este o verdadeiro génio da América: que a América pode mudar. A nossa união pode ser aperfeiçoada. O que já alcançámos dá-nos esperança para aquilo que podemos e devemos alcançar amanhã.Esta eleição contou com muitas estreias e histórias de que se irá falar durante várias gerações. Mas aquela em que estou a pensar esta noite é sobre uma mulher que depositou o seu voto em Atlanta. Ela é muito parecida com os milhões de pessoas que aguardaram a sua vez para fazer ouvir a sua voz nestas eleições à excepção de uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Ela nasceu apenas uma geração depois da escravatura, numa época em que não havia automóveis nas estradas nem aviões no céu; em que uma pessoa como ela não podia votar por duas razões – porque era mulher e por causa da cor da sua pele.E esta noite penso em tudo o que ela viu ao longo do seu século de vida na América – a angústia e a esperança; a luta e o progresso; as alturas em que nos foi dito que não podíamos e as pessoas que não desistiram do credo americano: Sim, podemos.Numa época em que as vozes das mulheres eram silenciadas e as suas esperanças destruídas, ela viveu o suficiente para se erguer, falar e votar. Sim, podemos.Quando havia desespero e depressão em todo o país, ela viu uma nação vencer o seu próprio medo com um New Deal, novos empregos, e um novo sentimento de um objectivo em comum. Sim, podemos.Quando as bombas caíam no nosso porto e a tirania ameaçava o mundo, ela esteve ali para testemunhar uma geração que alcançou a grandeza e salvou uma democracia. Sim, podemos.Ela viu os autocarros em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, uma ponte em Selma, e um pregador de Atlanta que dizia às pessoas que elas conseguiriam triunfar. Sim, podemos.Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação.E este ano, nestas eleições, ela tocou com o seu dedo num ecrã e votou, porque ao fim de 106 anos na América, tendo atravessado as horas mais felizes e as horas mais sombrias, ela sabe como a América pode mudar.Sim, podemos.América, percorremos um longo caminho. Vimos tanto. Mas ainda há muito mais para fazer. Por isso, esta noite, perguntemos a nós próprios – se os nossos filhos viverem até ao próximo século, se as minhas filhas tiverem a sorte de viver tantos anos como Ann Nixon Cooper, que mudança é que verão? Que progressos teremos nós feito?Esta é a nossa oportunidade de responder a essa chamada. Este é o nosso momento.Este é o nosso tempo para pôr o nosso povo de novo a trabalhar e abrir portas de oportunidade para as nossas crianças; para restaurar a prosperidade e promover a causa da paz; para recuperar o sonho americano e reafirmar aquela verdade fundamental de que somos um só feito de muitos e que, enquanto respirarmos, temos esperança. E quando nos confrontarmos com cinismo e dúvidas e com aqueles que nos dizem que não podemos, responderemos com o credo intemporal que condensa o espírito de um povo: Sim, podemos.Muito obrigado. Deus vos abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América


Tradução de Mª João Batalha Reis

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Praia de Sangano
















O último fim de semana cá em Angola foi "extra large"!





Tudo porque o feriado de 1 de Novembro (Sábado) foi transferido para a 2ª feira seguinte como sempre acontece quando a sorte dita o feriado ao fim de semana. E há quem fale dos feriados em Portugal!





A malta agradece e toca a planear um fim de semana um pouco diferente. Quero começar a conhecer este país logo, logo!





Não trabalhei no Sábado, mas como o Juca teve de trabalhar esperei por ele e pusemos "pé á estrada" depois do jantar. O Bruno e a Susana partiram logo pela manhã. O destino...praia de Sangano, já muito tinha ouvido falar da dita e chegou a hora de finalmente conhecer.





Desta feita fui eu o condutor de serviço! A minha carta de condução chegou finalmente de Portugal depois de 10 meses de espera por uma simples alteração de morada e a guia que tinha em meu poder só me autorizava a conduzir em território nacional(!) o trânsito em Luanda é o que se conhece, uma anarquia total, não existem regras de trânsito e vale quase tudo. Todo o cuidado é pouco e para ajudar á festa o veículo foi a Toyota Hilux novinha em folha, acabada de fazer 1000 kms!





Sangano fica a cerca de 100 kms a sul de Luanda, o que significa atravessar toda a cidade. Neste caso num Sábado á noite, em que o álcool já "rola livre", perdi a conta aos acidentes com que nos cruzámos, os engarrafamentos infernais como de costume . Saímos de casa cerca das 20h30 para percorrer os pouco mais de uma centena de quilómetros foram necessárias perto de 2h30min.





O nosso destino já fica fora da província de Luanda, concretamente na província do Bengo, após cruzarmos a ponte do rio Kuanza.





Que pena a viagem ter sido feita de noite, porque o percurso maioritariamente feito em paralelo com a orla costeira é lindíssimo.





Uma vez mais o Bruno fez-nos um mapa para chegar ao destino e safámos-nos sem problemas, apesar de algumas dúvidas, tudo á primeira!





Simplesmente não há indicações, Sangano não existe para todos os efeitos. Saídos da estrada alcatroada e rodando "picada" dentro em direcção ao mar sempre a descer, o local é ermo, basta dizer que não há sinal de rádio, muito menos de telemóvel! Afastávamos-nos do mundo!





Confesso que não sabia muito bem o que nos esperava. Sabia apenas que não ia ficar em hotel ou pousada pois foram-nos emprestadas umas tendas.





Chegados ao areal, havia uma pequena estrada pela qual seguimos, uma aldeia de pescadores, palhotas e mais palhotas, escuro como breu!





Alguns carros nas dunas, meia dúzia de tendas e lá á frente conseguimos identificar o Toyota Prado do Bruno que para ajudar é de cor preta. Estacionei ao lado.





Bruno e Susana já recostados nas suas cadeiras de campismo conversavam relaxadamente com 3 amigos que não conhecia, apresentei-me e comecei a montar a tenda, ali mesmo nas dunas, a uns 10/20 metros do mar.





Não me recordo da última vez que acampei, muito menos de quando montei a última tenda. Seguramente nos escuteiros há bem mais de 10 anos atrás e provavelmente uma canadiana, bem mais difícil de montar que o iglo que me emprestaram no entanto precisei de recorrer á ajuda do Bruno para a montagem (que vergonha, um escuteiro!).





Montadas as tendas trocámos uns dedos de conversa e deitámos pois era tarde e o dia seguinte começava cedo. Não foi uma noite fácil!!! Confesso que foi mesmo péssima! O som de fundo não era desagradável, as ondas estavam demasiado próximas é certo mas é sempre agradável ouvi-las, o meu terror foram mesmo os caranguejos que bateram na tenda durante toda a noite e não consegui evitar de acordar a toda a hora em sobressalto.





O dia em si foi muito agradável, o sol começou cedo a mostrar do que é capaz, confirmo o que se diz do sol africano, derrete, chega a ser doloroso e naturalmente perigoso para peles desprevenidas.





Logo pela manhã começo a chegar pessoal que saiu cedo de Luanda, o amigo do amigo, que trouxe o amigo até totalizarmos um grupo de 15 pessoas. Tínhamos pensado em fazer um churrasquinho para o almoço mas a carne não chegava para todos.




Solução marcar mesa num dos dois restaurantes que existem por , mesa só para as 14h, ok não tem "maka"!




Fomos bebendo umas "birras", comendo umas empadas, dando uns mergulhos até á hora em que decidimos esperar no restaurante e tomar umas caipirinhas!




As 14h acabaram por ser 16h mas não é de estranhar, estamos em Angola. O que também não é de estranhar é que aquela hora o único prato disponível era...adivinhem...lagosta! Começo a enjoar!!!!!




Muita lagosta, muita cerveja, muita espera e saímos da mesa com pouco mais tempo do que de dar um mergulho e ver o por do sol...e que por do sol?!Maravilhoso, lindo, como nunca vi nenhum!!!!




Uma vez mail lamento não ter comigo a máquina. Pedi que um dos presentes que enviasse umas fotos por e-mail, até adiei este post para poder mostrar aqui mas até agora nada! Estas fotos que mostro são realmente de Sangano mas tive de as copiar de um outro blog (reservo os direitos de autor).




Prometo que assim que receber as fotos as publico.
Os visitantes que não dormiram voltaram a Luanda após o por do sol. Nós que ficámos lá fizemos o churrasquinho e bebemos umas "birras" um pouco de "conversa fora" e caminha, aliás, tendinha!!!!
Esta noite passou-se muito melhor, nem sinal dos caranguejos. O cansaço e o relaxamento de umas cervejinhas terão ajudado!
Na 2ª feira o dia amanheceu lindo e eu acordei super bem disposto, que bem soube o primeiro mergulho! Hummmm
Pequeno-almoço, mais um mergulho por volta das 10h o pessoal começou a arrumar as tendas e a "levantar amarras", inclusive a Susana e o Bruno.
Eu e o Juca ficámos até ás 13h a curtir o sol e o mar, até porque na 2ª feira já a praia estava quase deserta.
No regresso viemos a contemplar a beleza do fantástico percurso até Luanda, a singularidade da ilha do Mussulo vista dali. Próximo destino será esse mesmo...Mussulo. Prometo que conto tudo!!!
Assim terminou mais um final de semana.
Abraço