domingo, 18 de janeiro de 2009

Candongueiros


Os famosos candongueiros, os táxis de Angola!





Já diversas vezes falei deles em posts anteriores. Agora em posse de uma máquina fotográfica não quis deixar de ilustrar um pouco do que falo.
Poderia ter elegido outras fotos das muitas que tirei no entanto escolhi estas que demonstram a originalidade e por vezes algum humor com que decoram e personalizam os seus carros.
Uma espécie de "xuning"!
A maior parte destes táxis são do modelo Toyota Hiace (provavelmete 85% ou mais), todos ou quase oriundos de vários países da Europa, como Portugal, Alemanha, Polónia, Bélgica, Holanda, Finlândia, Rép. Checa, Áustria ou Suiça. Não enumero estes países por mero preciosismo, mas porque em muitos casos os proprietários ostentam ainda os autocolantes de forma oval que identificam a nacionalidade da viatura.
O que impressiona é a durabilidade destes carros que vêm da Europa porque já não servem para andar nas estradas europeias e depois aqui passam por situações indescritíveis, sempre carregados bem acima da sua capacidade legal e por estradas que nem merecem esse nome:
Bendita Toyota Hiace HAHAHAHAH!!!
Não quero deixar de salientar que apesar de todos os defeitos apontados a estas viatura e seus condutores, não deixam de prestar um serviço fundamental na cidade de Luanda, é a garantia de poder chegar a qualquer lugar (mas qualquer lugar mesmo) por 100 ou 200 kzas.
Quase um serviço público.
Viva os candongueiros.

A partir do frio...

É a partir do frio português que hoje escrevo, com um distanciamento enorme desde o último post.
O mês de Dezembro foi um mês difícil em termos de tempo disponível daí que não tenha tido a oportunidade de partilhar com vocês amigos as peripécias passadas que foram muitas, isso garanto.
Foi um mês difícil pois o ritmo de trabalho acabou invariavelmente sendo quebrado pelas paragens sucessivas devido á época festiva. Não que me queixe por ter tido uns diazinhos de descanso. São sempre bem vindos, particularmente atendendo ao ritmo de trabalho que tenho em Luanda.
No entanto as paragens e logo neste período em que se pensa mais na família não são muito boas conselheiras. Dão-nos tempo para ter saudades, para reflectir nas diferenças quanto á realidade da vida neste Portugal em crise versus Angola em emancipação!
Mas como escrevo á distância de um mês e no conforto (apesar do frio na rua) da minha casinha, poupo-vos a esses sentimentos que me inundaram no mês de Dezembro.
Até porque o Natal em Angola é muito diferente do Natal em Portugal, a primeira diferença óbvia é a temperatura, as vestes das pessoas, os dias pequenos. Nem parece Natal, depois a possibilidade de passarmos esta quadra na praia também para nós europeus parece um pouco desadequado...mas que sabe bem sabe!
É reconfortante imaginar o corropio das compras e dos centros comerciais, do frio, da chuva contrastando com um banho de mar numa água bem quentinha, um perigoso sol do qual nos procuramos proteger e temperaturas acima de 30 graus.
Imaginar que agora já cá estou, tendo saído de Luanda com quase 30 graus de temperatura e chegado a Lisboa com 8......brrrrrrrrrrr! Quatro dias depois estava em Madrid com neve e -2 graus, é de loucos, confesso que tive saudades de Luanda mesmo com o seu trânsito louco, com os seus candongueiros suicidas....
Não há soluções perfeitas!
Um ano de 2009 cheio de coisas boas e de sucessos!!!
Ah e...paremos de falar da crise...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Voltinha por Ambriz e Caxito

Estou de volta!
Sim porque estou vivo apesar da ausência. Muito trabalho, cansaço e alguma preguiça, tenho de confessar.
Vou agradecer a quem votou na sugestão para a cor do fundo do blog que a pedido de algumas famílias (pouquinhas) vai manter-se na cor preta.
Tenho de ter uma conversinha com S. Pedro porque durante a semana o calor mata, esturrica qualquer um, o sol é lindo desde as 7h da manhã. Quando chega o fim de semana e me preparo para umas boas horas de praia...cadê o sol?
Pois é, nada de sol, a temperatura não baixa mas o astro rei tem se escondido um pouco aos fins de semana. Vão-se os anéis ficam os dedos e o tempo "farrusco" é um óptimo pretexto para continuar a conhecer um pouco mais de Angola...
Desta feita não madruguei! Dormindo até ás 9h, Pequeno almoço e pés á estrada sentido norte, penetrando na província do Bengo. O destino estava traçado, Ambriz, uma cidadezinha á beira-mar cuja principal actividade é mesmo a piscatória. Um excelente porto natural onde eram dezenas os barcos ancorados. Muito peixe a secar,um mercado, um centro da cidade muito interessante com as ruas largas, não asfaltadas, mas já com lancis e iluminação.
Um Hotel, um restaurante no qual almoçámos e fomos rapidamente atendidos ( no mínimo pouco comum), muitas casas coloniais conservadas e algumas mesmo restauradas, um forte antigo com altas muralhas em perfeito estado. Não posso no entanto deixar de registar o edifício da antiga câmara municipal, em péssimo estado, em total degradação mas que evidencia belos traços de arquitectura com uma magnífica torre de relógio.
O acesso á praia infelizmente não existe na povoação, as escarpas são altas mas á saída da cidade há uma estrada que termina numa bela praia de areia clara.
Fui directo no assunto, mas não posso deixar de contar como foi percurso até Ambriz. Se eu pensava saber o que era uma verdadeira "picada" (estradas não alcatroadas que ainda atravessam o país) estava muito enganado. Desta vez sim encontrei uma "picada" sem dó nem piedade de uma qualquer coluna vertical, safa! Até á Barra do Dande, mesmo o troço em obras é uma maravilha, depois da Barra até Ambriz são 106 kms para quebrar mesmo.
No regresso de Ambriz e como não estávamos cansados de "picada" resolvemos fazer o caminho até ao Caxito, não passando assim pela Barra do Dande na volta.
Este percurso foi feito debaixo de chuva em cima de buracos, a estrada aparentemente já foi alcatroada, há muitos anos atrás, contudo os pequenos pedaços de alcatrão no meio da terra esburacada funcionam como se grandes pedras fossem, logo o melhor é nos desviarmos.
Caxito é a capital da província do Bengo, uma pequena cidade mas estrategicamente localizada e com grande importância comercial no tempo colonial. Deliciei-me ao visitar onde se localizava a Açucareira Angolana, um espaço imenso,onde agora proliferam várias infraestruturas (entre elas uma penitenciária) e até casas particulares.
São vários os canais no interior e a redor da cidade, canais que levam água a todos e que funcionam como locais para banho ao ar livre. O que normalmente se verifica em rios e riachos, onde as pessoas se banham. No Caxito é como se os canais fossem uma piscina social onde as pessoas se encontram, as crianças brincam e mergulham, um "espectáculo" só visto.
Fico a dever as fotos neste post, mas prometo que em breve elas vão aparecer, neste e em outros.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mergulhando em Angola

Dizer que este é um país de contrastes já é um lugar comum. Arrisco-me até a ser nadinha original, no entanto não é a originalidade que procuro. Os contrastes de que falo, não são no entanto os sociais ou estruturais muito propalados em toda a comunicação social, nacional e internacional sendo aliás do domínio público mundial. Refiro-me concretamente aos contrastes físicos das maravilhosas fauna e flora que se podem encontrar aqui em Angola.


Começo a estender-me um pouco mais sobre o território. Aproveitando a companhia e a experiência local de um casal amigo, Francisco e a Isaura, contando naturalmente com o companheiro Juca (nomes fictícios) partimos para um dia diferente, sem praia e com mais 800 kms de estrada, nem sempre alcatroada e muitas vezes quase intransitável.


Confesso que parti sem ter conhecimento do trajecto, demonstrando total confiança nos "guias". Desde logo beneficiei la liberdade de não conduzir podendo assim assimilar todos e quaisquer pormenores sempre deliciosos, sempre surpreendentes.


Saídos do Cacuaco em direcção a Luanda, depois para sul no sentido da ponte do rio Kwanza. Primeira paragem no Miradouro da Lua, poucos kms após sair de Luanda ponto de paragem obrigatório para nos deliciarmos com uma paisagem de escarpas fantástica com uma altura estonteante. Incrível o que o poder da natureza é capaz, neste caso uma demonstração do que a erosão pode fazer, parece desenhado e pintando em vários tons de terra. Seguindo o caminho, deixamos para trás Sangano, Cabo Ledo em direcção a Porto Amboin, uma cidade piscatória e de salinas, muito bonita com areal claro e mar bem azul, digno de uma qualquer praia nas caraíbas. O cheiro a peixe seco é forte, muito comum no país dada a dificuldade de outras formas de conservação.


Deixamos Porto Amboin em direcção ao Sumbe, uma outra cidade igualmente costeira mas de maior dimensão, bastante populosa e um ponto de passagem obrigatório para quem atravessa o país.
Até aqui a paisagem é dominada pela orla costeira, em termos de vegetação aqui e alí uns imbondeiros (alguns enormes, seculares), a linda árvore que caracteriza pitorescamente esta parte do país.









Só por si o percurso efectuado até aqui já é de beleza inquestionável, mas mal sonhava com o que aí vinha!!!!
A direcção do percurso altera-se no sentido Este, destino Gabela. A estrada deixa de ser o tapete que até aqui vínhamos galgando, está em obras de melhoramento e alterna pedaços de alcatrão com kms e kms de picada, mas não das piores.
Justifica-se nova paragem, junto á cachoeira da Binga. Em África encontram-se das quedas de água mais exuberantes do planeta, Angola tem a bênção de nos poder brindar com momentos assim, de rara beleza. A cachoeira da Binga não é muito grande mas a força de suas águas impõe respeito e respira beleza, é uma das várias quedas de água protagonizadas pelo rio Keve.




Continuamos o percurso em direcção á Gabela, sentido Este e claramente subindo em altura relativamente ao mar, nota-se no ar, na temperatura e principalmente na vegetação, a fantástica flora vai-se alterando radicalmente, agora mais de acordo com a cerrada selva africana, muito verde e uma variedade sem fim de árvores e arbustos altos.













Entrámos na Gabela, nunca imaginei possível o que encontrei nesta encantadora cidade. Simplesmente indescritível, nem a objectiva do grande jornalista Luís Castro (autor da foto ao lado) consegue captar o misto de sensações que acabava de provar.
Ficamos com a sensação de ter entrado numa máquina do tempo e aterrado algures nos anos 60, é isso que a cidade da Gabela parece, parece saída dos anos 60 e de facto assim é. Em Luanda e ao que sei em muitas outras cidades do país é comum vermos construções dos tempos coloniais, muitas delas em mau estado de conservação, destruídas pela guerra. Na Gabela há uma verdadeira cidade do tempo colonial, construída pelos colonos portugueses, mas pela qual a guerra não parece ter passado, embora as construções pareçam um pouco desprezadas, na sua maioria com falta de pintura, mantêm-se intactas, com as cores da época, até os espaços comerciais com as designações escritas manualmente....um prato cheio, deslumbrei-me, vou voltar decerto para fotografar.
Da Gabela para regressar ao Cacuaco sabíamos da existência de uma estrada em direcção ao Dondo, depois ao Kifangondo mas ninguém a tinha cruzado, fizemos votos no sentido de democraticamente decidirmos se voltávamos pela cidade ou partíamos á aventura, não será difícil adivinhar que a opção foi improvisar. Começámos por dar boleia a um senhor á borda da estrada, na esperança que nos ajudasse no caminho, logo a seguir apareceu outro e outro. é comum vermos pick ups com mais de uma dezena de pessoas na "caixa". Levámos 3 tripulantes, e deixámos os ditos pelo caminho onde desejaram, o último saiu na Quibala. O percurso da Gabela até lá é terrível, a picada é "dolorosa", mas o que a rodeia de uma beleza fantástica, cores e cores, sempre diferentes, caracterizam um paisagem incaracterística onde trocámos os imbondeiros pelas mangueiras e acácias. Não posso deixar de fazer referência ás abundantes rochas de formato arredondado que nos "acompanham" todo o caminho. Dão um toque de originalidade e encanto ao percurso.
Seguimos Quibala, Dondo, Catete, Kifangondo e finalmente Cacuaco onde já chegámos bem de noite por volta das 21h.
Foi uma viagem cansativa mas encantadora do ponto de vista da beleza paisagística e das sensações que provoca a quem a contempla.
Será o início de uma paixão?
Confesso-me muito entusiasmado e sedento de mais...
P.S.: Faço referência ao facto das fotos não serem de minha autoria, são tiradas aleatoriamente na net para ilustrar melhor o que pretendo mostrar, mas espero em breve poder mostrar as minhas verdadeiras fotos.
P.S. 2: De futebol...não estou com vontade de falar!!!! Sabem onde fica Atenas?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Professor Pardal (não resisti)







Há religiões que começam com muito menos. Esta começou com um projecto. Carlos Queiroz trouxe A Luz da modernidade ao futebol português em forma de dossier pois ainda não havia power point quando o milagre aconteceu.Sem passado como praticante, chegou ao futebol dito profissional pela mão de Mário Wilson e depois foi chamado para algum protagonismo por José Augusto. Teve, por isso, dois grandes padrinhos. Outros se terão seguido.O segundo milagre aconteceu em Riade, na Arábia Saudita, onde fica Meca.
O profeta anunciava uma revolução no futebol português com a conquista do Mundial de sub-20. Dois anos depois, em Lisboa, repetiu o feito. Não se sabe muito bem como, não trocaram a estátua do marquês de Pombal pela sua figura. Convenhamos: seria uma espécie de heresia pois um foi mestre da construção, o homem é catedrático da desconstrução.Carlos Queiroz tem um jeito sedutor. É uma técnica muito próxima da usada pelos vendedores do "Círculo de Leitores", com uma pitada de filosofia tupperware.
Também é verdade que muitas vezes é pouca a diferença entre um livro e uma torradeira, com o pormenor lamentável de o primeiro não aquecer o pão.
Carlos Queiroz também tem muitos amigos. Indefectíveis. Hiperbólicos nas horas boas, mudos nas más.Quando se fizer a história do futebol português, lá mais para diante, quando a Sibéria promover férias na praia e Bora-Bora férias na neve, íremos falar todos da "Fase Queirosiana". Tal como na literatura portuguesa do final do século XIX, também o actual seleccionador se assume como a maior figura da sua área, uma espécie de Alípio Severo Abranhos, popularizado por Eça como Conde d'Abranhos.
Ok, eu sei. Este Queiroz correu o mundo. Esteve no Japão a treinar e escapou a um terramoto. Esteve na África do Sul a seleccionar e tornou-se bastante popular nas mercearias e mini-mercados de Joanesburgo.
Passou pelos Estados Unidos com um projecto e saiu de lá como um projéctil disparado em Cabo Canaveral. Dispenso apêndices curriculares e passo de imediato para a sua experiência à frente de um super Sporting, onde conseguiu ser mais instável e beligerante que Santana Lopes. Ah, claro, num intervalo do seu ciclo de Manchester passou pelas Portas do Sol, em Madrid, e saiu pela sombra, depois de bater um recorde negativo de 5 derrotas consecutivas dos merengues.
Ferguson acolheu-o com ternura e rapidamente a Manchester começaram a chegar os propagandistas do costume para vender a ideia de que em Manchester o treinador era ele. Ele, Queiroz. O outro apenas criava cavalos de corrida.Aqui chegados, vamos com Queiroz na selecção de desastre em desastre até à vitória final. Ou seja, até ao dia em que a selecção nacional voltará a ter um treinador de futebol.

Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mussulo

Mussulo! Finalmente após algumas promessas, tive a oportunidade de conhecer a vivo e a cores o Mussulo. Desenganem-se aqueles que julgam estar a referir-me á discoteca situada no coração da nossa linda Lisboa. Esse Mussulo já conheço há largos anos e já teve o condão de me proporcionar noites muitíssimo agradáveis ao som de música africana e não só. Famosas as noites de Domingo no Mussulo.

Mas neste caso refiro-me mesmo ao local que deu o nome ao espaço de diversão, falo da ilha do Mussulo, ex-libris da cidade de Luanda e point de passagem obrigatório para quem vem ou está na cidade.

Já muito havia escutado e lido sobre este local, naturalmente a expectativa é grande, face ás emocionadas descrições e elogios vindos de todos os quadrantes.

Os mais saudosistas reclamam que o Mussulo já não é o que era e de facto não será! Os já muitos casarões que se vêm por alí, o ruído das motas de água e potentes motores de lanchas e iates rompem com um passado não muito longínquo em que vir ao Mussulo era vir ao paraíso, á paz. Essa é a opinião do meu amigo e companheiro Juca, nascido em Angola e que conheceu o Mussulo há mais de 30 anos atrás, antes de em tenra idade se mudar para a "tuga".

Foi com alguma mágoa que olhou este "novo" Mussulo tantos anos depois.





















Para mim, que pela primeira vez visitei este pedaço de paraíso e não tenho recordações saudosistas, está aprovado, é belo sim este Mussulo. Poderá ser o point de Luanda, a seguir á ilha como local de visita obrigatório. Tem o charme de preferencialmente (não necessáriamente) ser visitado de barco, tem um rol de infraestruturas de turismo para o relax e o prazer de um ou mais dias de praia mas não será decerto a praia mais bela deste imenso país, talvez já tenha sido mas tenho de concordar que pelo menos ao fim de semana já é um local sobrepovoado, perde assim grande parte do seu encanto. A visitar durante a semana para uma avaliação mais coerente.

Este não é um veredicto final, foi apenas um cheirinho das primeiras impressões do Mussulo porque pretendo voltar e conhecer outros pontos.

Desta feita ficámos no Barsulo por sugestão de um amigo, boas camas de praia, guarda-sóis generosos de palha, sandes club, hamburguers e coca-cola a 500 kza (+/-5 euros) são opções para ir aconchegando o estômago. Quem quiser uma refeição mais requintada são diversas as opções ao longo da ilha.

A ida para a ilha não deixa de ser bastante suis generis, vamos de carro até ao ancoradouro e depois de "driblarmos" os meninos da "gasosa" procuramos o melhor negócio nos vários "candongueiros" (taxistas) dos barcos presentes. Começaram a pedir-nos 1500 kza (+/- 15 euros) por pessoa só ida, fizemos a festa por 500 kza, partilhámos o pequeno barco a motor com mais 5 pessoas e em cerca de 10/15min chegámos ao destino. No regresso pagámos o mesmo, com outro "candongueiro ".

Foram horas bem agradáveis as passadas no Mussulo, a água maravilhosamente quente, límpida, areia clara e fina, regressámos cedo, por volta das 15h procurando fugir ao maior fluxo de pessoas, nos barcos e posteriormente ao trânsito da cidade mas foi tudo muito calmo, da próxima podemos sair mais tarde e quem sabe apreciar o pôr do sol.

Havíamos "contratado" dois gaiatos para nos guardarem o carro e lá estavam os dois á chegada, levaram 200 kza cada um e ficaram muito desiludidos porque segundo diziam o "parqueamento" eram 1000 kza!!!!!! Já diz o ditado que não chora ...

E assim voou mais um Domingo de lazer.


P.S.: A nossa selecção foi ontem concludentemente goleada pela sua congénere brasileira. Não vi o jogo, felizmente era tarde aqui em Luanda face á diferença de 4h para Brasília !!!!! Cheira-me que ainda vamos ter muitas saudades do Sargentão Scolari.

Na minha opinião e com todo o respeito pelo prof. Carlos Queiroz, até achei que ele tinha perfil para o cargo e aliás continuo a achar que tem perfil, tem é pouco mais que isso... falta-lhe o mais importante para um vencedor, a chamada estrelinha ou será a Nossa Senhora de Caravaggio???


Abraços




terça-feira, 11 de novembro de 2008

Thor


Olá, o meu nome é Dark Thor Ana's Joe, mas toda a gente me chama só de Thor.

Sou um labrador retriver, com 11 anos acabadinhos de fazer, ontem foi o dia do meu aniversário. Sou do signo solar de Escorpião como o meu "babo".
Nasci em Porto Alegre no Brasil, numa ninhada de 10 irmãozinhos, era o mais calmo de todos, por isso a minha "mãe" me escolheu!
De há 7 anos a esta parte que estou a morar em Portugal, na linda vila de Cascais, o meu "babo" trouxe-me a mim e á minha "mãe" para vivermos com ele. Foi a melhor coisa que me aconteceu, somos muito felizes os três, viajamos nas férias, saímos ao fim de semana, levam-me á praia Inverno, para o campo no Verão.
Mas faz hoje 2 meses o "babo" fez as malas sozinho sem a "mãe" e sem a minha mala também!!!
Vi logo que alguma coisa estava mal! Deu-me um abraço bem apertado e disse que me adorava com uma lágrima no olho. Particularmente odeio despedidas.
O "babo" está noutro país bem distante, num outro continente pelo que me disse a "mãe", mas volta em breve. No entanto este breve está muito demorado e a saudade aperta, não estou a aguentar mais a tua falta "babo", volta bem rápido.
Estou aqui para te dizer que sinto falta do nosso passeio de manhã para comprar o jornal, das caminhadas até á "Boca do Inferno", de adormecer com a cabeça na tua perna, de te visitar no trabalho, das massagens que a "mãe" bem tenta mas ninguém faz como tu!
Volta logo "babo"
Lambidas doces,
Thor
Podem visitar o meu petsite em:http://arcadenoe.sapo.pt/petsite.php?id=5893